(tradução livre anônima)
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Poema Invictus
(tradução livre anônima)
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
O Absurdo da Vida Humana
Se retirássemos da vida do homem tudo aquilo que representa esperança, o que restaria?
Nossa semana é agitada, repleta de correria, parecendo que sempre estamos atrasados, não é verdade? Mas tudo suportamos em nosso dia a dia, porque sabemos que no final da semana, “ufa”, aparece o fim de semana. Que alegria, sábado e domingo! Fazemos de nossa vida uma rotina monótona, mas agüentamos no “osso”, pois no final do mês temos o salário, as contas para pagar, o vestido novo para comprar, a festa para ir, o empréstimo do banco... Nem se fala do final do ano, que felicidade, férias, praia, sol, décimo terceiro, feliz ano novo, parece que agora sim, estamos vivendo a vida como sempre deveria ser, mas que pena dura muito pouco.
Mas agora, imagine-se sem nenhuma esperança! Sem esperança de receber um salário no final do mês, de entrar em férias, de virar o ano, de ser reconhecimento na empresa, de ter saúde, de ter comida na mesa, de ser felizes, de acreditar em Deus, de ver seu filho crescer, de se apaixonar, de ir para a praia... O que seria de você sem tudo isso?
Vivemos esperando, mas a esperança não é sinal de certeza, mas sim de possibilidades de vir a acontecer. Por causa da esperança, não percebemos que o nosso existir é um absurdo (CAMUS), que não temos o porquê de fazermos o que fazemos. Estamos cercados de palavras que possuem significados vazios, que dependem de todo um contexto (WITGENSTEIN), palavras vãs, palavras que induzem a consciência do homem a uma transcendência que não temos como garantir, a não serem os cristãos, que afirmam: “Minha fé não se engana”!
Quando refletimos sobre a nossa existência percebemos que estamos sustentados pelo nada, pelo vazio, a vida humana pode sim ser um absurdo, ainda mais neste período, onde nossas ações estão diretamente ligadas ao hoje, somos imediatistas, queremos ter experiências radicais, muita adrenalina e etc. Podemos nos desesperar e não agüentar o peso do existir, do ser aí (HEIDEGGER) jogado no mundo.
O mundo está cheio de pessoas com esperança, e esperar, ter expectativa, não é ruim, mas não podemos nos deixar levar pelas crenças e esperanças superficiais oferecidas pelo nosso cotidiano, como a moda, beleza vulgar, estrelismo..., sem antes tomarmos sobre nossos ombros a dor do existir sem nada poder garantir. Antes a consciência do farto que é a vida, depois a humildade para aqueles que desejam, pois “é pela humildade que a esperança se introduz. Porque o absurdo dessa existência assegura-os um pouco mais de realidade sobrenatural” (CAMUS).
Autores indicados para leituras do tema aqui abordado: KAFKA, KIERKEGAARD, CAMUS, HEIDEGGER, entre outros.